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Não olhe para cima: o sucesso da Netflix que despertou debates sobre a mídia mundial

O longa sucesso de visualizações lançado pela Netflix “Não olhe para cima” (Don’t Look Up), estreou em dezembro de 2021 na plataforma, e vem gerando discussões e comparações aos acontecimentos da vida real. No post de hoje, abordaremos a comédia escrita e dirigida por Adam McKay de uma forma diferente. 

Por vezes, surgem obras que apesar de parecerem despretensiosas, promovem reflexões sobre questões reais do nosso dia a dia. Quando isso acontece, é importante parar e pensar sobre tudo que essas produções podem nos ensinar. 

Hoje, a Dinâmica Conteúdo Inteligente propõe uma análise a partir do filme “Não olhe para cima” (Don’t Look Up) lançado pela Netflix.  

Ao invés de abordar questões políticas e econômicas através do filme, vamos promover um novo debate: A distorção do jornalismo e ressignificação do discurso da mídia.

Afinal, comunicar é a nossa especialidade!

A partir de agora, você vai entender melhor como esse sucesso da Netflix entregou tudo (e mais um pouco) sobre a distorção da imprensa e realidade do jornalismo no mundo.

Boa leitura!

Você também pode se interessar: Como a assessoria de imprensa pode impulsionar sua estratégia digital?

Entenda o filme “Não olhe para cima” – com alguns spoilers necessários!

não olhe para cima -filme
Fonte: Netflix 

É claro que não podemos discutir sobre um assunto sem saber de todos os fatos que o cercam, correto? E, sim, haverão alguns spoilers (vai valer a pena).

O filme começa nos apresentando a estudante de astronomia Kate Dibiaski (Jennifer Lawrence), que descobre um cometa aparentemente inofensivo. 

Após analisar junto de seu professor Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) que o cometa poderá aniquilar o planeta terra em pouco tempo, a dupla vai em busca de ajuda para evitar que a catástrofe aconteça.

O enredo de “Não olhe para cima” nos leva até a presidente dos Estados Unidos,  Janie Orlean (Meryl Streep), que está mais preocupada com assuntos pessoais do que com o fim do mundo (pois é!). 

Ao longo das 2 horas e 25 minutos de filme, vemos a determinação dos astrônomos em provar que o mundo chegará ao fim, e isso inclui a divulgação em veículos de mídia. 

Kate e Randall comparecem a um programa de variedades chamado The Daily Rip, onde os apresentadores conduzem o assunto com humor e descredibilizam a dupla de cientistas.

Logo, nós telespectadores, vemos que a mídia se distancia cada vez mais da catástrofe e cria-se dois lados, o “Olhe para cima!” – acreditadores da causa e “Não olhe para cima!” – os que negam a existência do cometa.

A escolha do Veículo de Comunicação 


Fonte: Niko Tavernise/Netflix

Bem, agora que você já sabe qual é a premissa do filme, vamos partir para o tópico que pode ter chamado a atenção de muitas pessoas: A escolha do veículo de comunicação. 

“Mas por que não ir direto a um programa mais sério, ou até mesmo um rádio ou jornal impresso?”

Isso aconteceu devido à falta de conhecimento por parte da dupla de astrônomos que, em uma tentativa de salvar o mundo, não avaliou as possibilidades e nem recebeu uma preparação para tal feito. 

O cenário mostrado através dos dois apresentadores nos oferece diversos ensinamentos de como não praticar o jornalismo, visto que a televisão é uma grande influenciadora e, por isso, acaba sendo uma divisora de águas no filme.

A importância do Media Training


Fonte: Racool Studio

Além da falta de consideração por parte da mídia e até mesmo do governo, não podemos deixar de fora um fator que é extremamente importante na hora de realizar a divulgação de um acontecimento em um veículo de comunicação: o media training, também conhecido como treinamento para a imprensa. 

Como o próprio nome já sugere, esse método busca desenvolver e aperfeiçoar a forma de relacionar-se com entrevistadores, apresentadores e profissionais da imprensa. 

Geralmente, grandes figuras da mídia, que vão desde celebridades até representantes corporativos, recebem esse tipo de treinamento para se posicionar melhor em frente às câmeras e apresentar desenvoltura ao comunicar-se.

Sendo assim, a forma como foi divulgada a descoberta do meteoro deveria ter sido instruída por um profissional da assessoria de imprensa. 

Pode até não parecer, mas cada um destes fatores que falamos até agora pode ser decisivo no modo como o público entende uma informação. Por isso, o jornalismo e os veículos de comunicação têm sido tão importantes nas últimas décadas.

Como uma empresa de Assessoria poderia ter mudado o contexto de “Não olhe para cima”

Fonte: Niko Tavernise/Netflix

Com certeza você já entendeu todos os pormenores que impedem as pessoas a acreditarem na existência do meteoro. 

Desde a escolha do veículo de divulgação, o modo como é exposto o fato e a postura em frente a imprensa podem ser definidos como muito importantes (senão cruciais). 

Ao contratar uma empresa especializada em consultoria e media training, Kate e Randall teriam entendido o melhor método para apresentar os fatos e, quem sabe, até influenciar o governo diretamente. 

Afinal, ao perceber que a população acredita e tem medo da situação, as entidades governamentais não teriam outra escolha a não ser tentar impedir a chegada do meteoro.

Leia também: Assessoria de imprensa como ferramenta para a construção de uma reputação de marca

É claro que, se pudéssemos, ficaríamos discutindo sobre a importância da mídia e dos profissionais da comunicação durante horas e horas. 

No entanto, é uma breve reflexão acerca de um sucesso de streaming que tem muito em comum com o nosso momento atual. 

Se você permaneceu até aqui, que tal continuar aprofundando ainda mais seus conhecimentos sobre comunicação? 

Confira algumas sugestões de leitura especiais para você: 

Esperamos que tenha gostado! Até a próxima 🙂

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