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Mãos digitando em laptop com apoio de mão robótica, simbolizando a colaboração entre humano e inteligência artificial no contexto de branding e posicionamento de marca.

Posicionamento de marca na era da IA: como manter autenticidade em meio à escala?

A inteligência artificial acelerou o que já vinha em curso: produção mais rápida, hiperpersonalização possível, testes em escala. Mas velocidade sem direção não cria valor.

Em mercados onde a tecnologia nivelou processos, o que separa quem cresce de quem fica indistinto é a clareza do posicionamento.

É o posicionamento de uma marca que dá coerência ao produto, experiência e conteúdo, e impede que sua marca vire mais uma entre tantas peças bem-feitas, porém, esquecidas.

O posicionamento é a ideia central que orienta todas as manifestações da identidade de uma empresa, do discurso comercial às escolhas editoriais. É o argumento pelo qual sua marca existe e se diferencia no mundo. 

E é bastante evidente: quando ele é frágil, a IA só vai multiplicar o genérico. Mas quando é forte, a inteligência artificial é capaz de organizar e multiplicar o singular. 

Nesse artigo vamos analisar como o posicionamento de marca é uma das estratégias de diferenciação na era da IA. 

Aproveite esse conteúdo e conecte-se com o que estamos vivenciando nesses tempos revolucionários da inteligência artificial. Boa leitura!

O que a IA mudou no jogo do posicionamento de marca?

A IA tirou o freio de mão da operação. Copys, variações visuais, segmentações e jornadas podem sair em dias, não mais em meses. E esse ganho é cada vez mais viável, desde que não vire uma armadilha! 

É isso mesmo. Se uma marca não sabe o que quer significar, apenas produzirá versões ligeiramente diferentes do mesmo discurso. 

Com o avanço de mecanismos de resposta por IA, as marcas precisam pensar não apenas em como se posicionam para humanos, mas também para as inteligências artificiais que intermedeiam buscas, como ChatGPT, Perplexity e outras. A clareza do posicionamento orienta, inclusive, como essas IAs citam, replicam ou ignoram a sua marca.

Porém, a gente sabe que o posicionamento também funciona como eixo de decisão. Ele orienta de quais dores a marca fala, que promessas assume, quais escolhas estéticas traduzem sua proposta e em que contextos ela decide não competir.

Em outras palavras, o posicionamento de marca dá critério para escalar o que merece escala.

Como evitar a produção de conteúdos genéricos sem perder eficiência?

A internet vive um surto de semelhança. Páginas impecáveis, SEO bem-comportado, outputs assistidos por IA que reciclam linguagem e ideias.

Como não cair nesse lugar-comum? A resposta não está em desacelerar, mas em organizar a escala em torno de um repertório que só sua marca tem. 

 Algumas soluções atuais são:

  • Treinar suas ferramentas com guia de tom de voz, léxico, ativos e limites do que a marca não diz.
  • Usar IA para rascunho e variações. Reservar à equipe o juízo de relevância, timing e tom final.
  • Ancorar narrativas em dados e experiências proprietárias para que não sejam replicáveis.
  • Expandir formatos com intenção de jornada, não por modismo. Um insight pode virar artigo, vídeo curto, estudo aplicado e kit decisório para vendas, mantendo o mesmo ponto de vista.

Quando a marca entrega pontos de vista próprios, em qualquer formato, a eficiência deixa de ser inimiga da diferenciação.

Por que autenticidade virou moeda de confiança e preferência?

Autenticidade não é simplesmente espontaneidade. É a coerência entre promessa, prática e o que a tecnologia publica em seu nome.

Em ambientes B2B, a confiança nasce do acúmulo de evidências: você cumpre o que afirma, explica como decide, mostra o que aprende. A IA ajuda a dar escala à prova, mas não pode substituir a convicção.

Marcas que hesitam em sustentar posicionamentos claros tendem a aprovar o seguro e, com isso, somem no ruído. Marcas que sustentam uma tese com coragem tornam-se memoráveis.

Na Dinâmica, traduzimos isso em um princípio simples que guia times e entregas: ser autêntico é a nossa voz.

Governança e cuidado com a voz da marca

Governança é o que evita desvios de voz e risco reputacional enquanto a produção acelera. 

Com a popularização do uso das IAs, surgem também novos riscos: alucinação de fatos, viés algorítmico e uso indevido de informações sensíveis. A governança da marca precisa antecipar esses cenários com políticas claras de transparência e responsabilidade.

Por isso, a governança precisa ser prática, viva e calibrada para os seus canais. Abaixo, listamos algumas diretrizes importantes:

  • Políticas de uso de IA por tipo de tarefa, com critérios de “soa como a marca”.
  • Revisão humana obrigatória para todas as peças. Peças estratégicas ou com comunicações sensíveis sempre devem ser criadas por humanos.
  • Biblioteca de ativos distintivos e léxico editorial que alimenta prompts e modelos.
  • Registro de versões e aprendizado contínuo para corrigir viés, reescrever e evoluir.
  • Limites temáticos claros para o que a marca não comenta ou não automatiza.

A boa governança protege a criatividade e reduz retrabalho porque elimina a dúvida do que respeita, ou não, o território de marca.

Como saber se o seu posicionamento está funcionando?

Posicionamento é escolha. É a diferenciação que o mercado percebe. 

Em B2B, vale acompanhar sinais que conectam narrativa a impacto de negócio, claros, comparáveis e acompanhados ao longo do tempo.

  • Participação nas buscas da marca: proporção de buscas pelo nome da sua marca versus termos da categoria. Tendência de alta sustentada indica que sua tese está ganhando espaço mental.
  • Preferência e consideração: pesquisas periódicas com clientes e prospects comparando sua marca aos concorrentes. “Elevação de marca” é a variação nessas métricas após uma exposição ou campanha.
  • Consistência de atributos nas menções: o que aparece de forma recorrente em avaliações, redes e respostas abertas de NPS. Quanto mais os atributos desejados se repetem, maior a coerência percebida.
  • Memorização de sinais distintivos: reconhecimento de logotipo, paleta, linguagem e elementos visuais/verbais em testes simples. Se as pessoas lembram sem ajuda, o ativo está cumprindo seu papel.
  • Coerência de voz por canal: auditorias editoriais verificam se tom, vocabulário e mensagem se mantêm estáveis em site, social, e-mail e materiais comerciais.

Esses indicadores contam uma história única: não basta ser encontrado. É preciso ser escolhido pelos motivos que a sua marca decidiu sustentar.

Como transformar o posicionamento em rotina de branding, conteúdo e canais?

A tese de posicionamento precisa sair dos slides idealizados e entrar, na prática, no fluxo diário.

Nesse sentido, a tese começa com um repertório claro: territórios narrativos conectados à estratégia, exemplos do que a marca diz e do que não diz, léxico e ativos distintivos que orientam qualquer peça.

Esse material irá alimentar a equipe e as ferramentas de IA, garantindo que todo rascunho já nasça no tom certo.

Em seguida, traduza a tese em prática editorial. Defina pautas a partir de dores reais do cliente, ancore cada entrega em provas proprietárias como dados, estudos aplicados e casos.

Utilize a IA como co-pilota, principalmente para acelerar rascunhos, variações e checagens.

Ou seja, o julgamento criativo continua humano, com critérios simples de aprovação: relevância, precisão e é isso que “soa como a marca”.

Por fim, feche o circuito com governança e aprendizado. Faça auditorias regulares de voz e privacidade antes de publicar, integre os canais às suas ferramentas de marketing para testar mensagens por segmento e estágio, e registre o que funcionou para retroalimentar o repertório. 

Quando a rotina é clara, suas equipes ganham velocidade sem sacrificar a singularidade!

FAQ — perguntas frequentes sobre posicionamento de marca

  • O que é posicionamento de marca?
    É a estratégia que estabelece como sua marca é singular no mercado e na mente do público, articulando proposta de valor e por que você está em posição única para atendê-lo.
  • Como definir o posicionamento, na prática?
    Entenda seu público, pesquise concorrentes, defina uma proposta de valor diferenciada e formule uma declaração de posicionamento que sirva de guia para decisões e comunicação.
  • Qual a diferença entre branding e posicionamento?
    Branding é o sistema de construção e gestão da marca ao longo do tempo. Posicionamento é a escolha estratégica de como a marca quer ser percebida dentro desse sistema.
  • Como medir se o posicionamento está funcionando?
    Acompanhe consciência e percepção de marca, engajamento, lealdade e retenção, usando pesquisas, tráfego, análise competitiva e NPS (Net Promoter Score) para avaliar se a diferença está clara e valiosa.

 Fortaleça seu posicionamento na era da IA

Se a sua marca está sentindo os efeitos da homogeneização de conteúdos ou quer ganhar escala sem perder identidade, comece pelo seu posicionamento. A partir dele, tudo flui: narrativas, governança, conteúdo e métricas.

Na Dinâmica, desenvolvemos posicionamentos e transformamos em rotinas criativas que performam, com pessoas capacitadas para operar a IA, entre outras ferramentas. Tudo isso a serviço do que faz sua marca única.

Quer saber como organizar esse repertório de forma estratégica? Assine nossa newsletter para acessar estudos e guias práticos.

Se preferir, marque uma conversa com nosso time pelo WhatsApp e entenda como realizar um diagnóstico de posicionamento e um plano de 60 dias customizado para o seu negócio.

Afinal, há mais de 40 anos, ser autêntico é a nossa voz!

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